Atentado contra Venâncio Mondlane resulta em declarações contundentes de Dinis Tivane sobre os 11825 dias de manifestação
Na tarde desta quarta-feira, 5 de março de 2025, a capital moçambicana, Maputo, foi palco de um atentado contra o líder da oposição, Venâncio Mondlane. Durante uma marcha de protesto, a polícia disparou contra os apoiantes de Mondlane, resultando em pelo menos um ferido. Este incidente ocorre no contexto de manifestações contínuas que já duram 11825 dias, desde o início dos protestos pós-eleitorais em outubro de 2024.
Dinis Tivane, assessor de Relações Públicas e braço direito de Mondlane, fez declarações contundentes após o atentado. Tivane condenou veementemente a ação das forças de segurança e reafirmou o compromisso do movimento em lutar por eleições justas e transparentes em Moçambique. Ele destacou que a exclusão de Mondlane das negociações políticas em curso compromete a eficácia de qualquer acordo destinado a estabilizar o país.
As manifestações, que já resultaram em mais de 350 mortes desde outubro, têm sido marcadas por confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança. Observadores internacionais expressaram preocupação com a escalada da violência e a repressão de protestos pacíficos. A Human Rights Watch confirmou que pelo menos 10 pessoas ficaram feridas pela polícia durante o protesto desta quarta-feira, ressaltando que ações contra reuniões pacíficas da oposição ameaçam os esforços de paz em Moçambique.
Mondlane acusa o presidente Daniel Chapo e o partido FRELIMO de fraude eleitoral, alegações apoiadas por observadores ocidentais, embora o FRELIMO negue tais acusações. Mondlane afirmou que continuará com os protestos, considerando que o acordo sendo assinado por Chapo e outros partidos é "sem o povo".
O atentado contra Mondlane e as declarações de Tivane aumentam a tensão política em Moçambique, levantando questões sobre o futuro da democracia e da estabilidade no país.
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