Zavala, Moçambique – Um episódio aterrorizante de violência e intimidação política abalou o distrito de Zavala. O coordenador local do partido PODEMOS foi encontrado em condições desumanas após ser sequestrado e submetido a torturas brutais, juntamente com sua esposa.
O incidente ocorreu quando o casal foi levado à força por três viaturas – identificadas como D4D e BT50 – para uma área remota de mata. Separados logo após o sequestro, o coordenador enfrentou um interrogatório agressivo e degradante, que incluiu torturas físicas e psicológicas.
Interrogatório Sob Tortura
Relatos indicam que o coordenador foi amarrado com cordas e pressionado a responder perguntas específicas, como:
- "Quanto Venâncio Mondlane lhe paga para ser coordenador?"
- "Que ganhos você obtém com este trabalho?"
Durante o interrogatório, ele foi forçado a gravar múltiplos vídeos declarando que abandonaria seu cargo no PODEMOS e que jamais voltaria a mencionar Venâncio Mondlane. As gravações foram repetidas várias vezes, sob a exigência de “perfeição” dos sequestradores.
Sessão de Tortura
Além das agressões físicas, os sequestradores inseriram soruma (droga ilícita) nos bolsos da vítima e o deixaram completamente despido no mato, afirmando que, embora ele não fosse morto naquele momento, estariam cumprindo ordens de “altos quadros do sistema” da província e do distrito de Zavala.
A esposa do coordenador também foi levada para outra localização. Embora ameaçada, ela não sofreu agressões físicas e foi encontrada posteriormente em segurança.
Resgate e Consequências
O coordenador foi localizado por populares em estado de choque e com sinais claros de tortura. Sua recuperação física e psicológica está sendo acompanhada, mas o trauma enfrentado levanta sérios questionamentos sobre a intensificação da violência política no país.
Apelos à Justiça
O caso gerou revolta na comunidade e entre os apoiadores do PODEMOS, que pedem investigação imediata e punição dos responsáveis. Este episódio reforça os desafios enfrentados por lideranças locais que tentam exercer seus direitos democráticos em um ambiente de intimidação e repressão.
As autoridades ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o ocorrido, mas espera-se uma resposta firme para garantir que a justiça seja feita e que situações semelhantes não se repitam.
