Maputo – Em meio a um cenário de intensas disputas internas e divergências políticas, Albino Forquilha, presidente do partido Podemos, declarou de forma contundente que “não dependemos de Venâncio Mondlane para andar”, marcando simbolicamente o fim da aliança entre as duas lideranças.
A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa realizada nesta semana, na qual Forquilha reiterou que o partido seguirá com sua agenda e os 43 deputados eleitos sem qualquer interferência do ex-parceiro político. “Esta decisão é uma afirmação de nossa autonomia e de que o Podemos tem estrutura e capacidade para seguir adiante sem depender de alianças que já não refletem os interesses do povo”, afirmou Forquilha.
Contexto e Antecedentes
A parceria entre Venâncio Mondlane e o Podemos, formalizada através de acordos políticos – cujo teor, em parte, permaneceu sigiloso – vinha sendo marcada por tensões e acusações mútuas. Segundo fontes próximas aos bastidores da negociação, divergências sobre estratégias eleitorais e a condução da política interna teriam levado a um desgaste irreversível na relação entre as lideranças. Recentes declarações e posicionamentos, inclusive críticas severas entre os dois, aceleraram o processo de afastamento, consolidando o que agora é considerado um “divórcio consumado”.
Repercussão Política
A afirmação de Forquilha ecoou fortemente nos círculos políticos e nas redes sociais. Enquanto apoiadores do Podemos aplaudem a postura de independência e a retomada do controle sobre a agenda partidária, simpatizantes de Mondlane manifestam preocupação com os desdobramentos desse rompimento para o futuro das alianças políticas no país. A tomada de posse dos 43 deputados do Podemos, já anunciada anteriormente, reforça o novo posicionamento e a busca por uma trajetória autônoma, livre das amarras de acordos que, segundo Forquilha, não mais representam os anseios da população.
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