Haia, Países Baixos – O advogado e ativista moçambicano Wilker Dias anunciou em um vídeo publicado nas redes sociais que viajou ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para apresentar provas de crimes cometidos durante as manifestações que ocorreram após os resultados eleitorais em Moçambique. Dias entregou documentos, vídeos e outros materiais que, segundo ele, demonstram abusos e violência por parte das forças de segurança.
As manifestações, que ocorreram em várias cidades moçambicanas, foram marcadas por confrontos, prisões em massa e denúncias de repressão brutal contra manifestantes e opositores políticos. O advogado afirmou que busca justiça para as vítimas e chamou a atenção para as violações de direitos humanos no país.
"Justiça Internacional é Essencial"
Em sua declaração, Wilker Dias enfatizou a gravidade dos crimes relatados e a necessidade de uma resposta internacional. “Estou aqui para garantir que os crimes cometidos contra a população moçambicana não sejam esquecidos. É necessário que haja uma resposta internacional a essa brutalidade”, afirmou.
O TPI, sediado em Haia, é conhecido por julgar crimes graves, como genocídio e crimes contra a humanidade. Agora, o tribunal analisará as provas apresentadas para decidir se há base para iniciar uma investigação formal.
Repercussão e Debate
A ação gerou reações divididas em Moçambique. Enquanto alguns consideram a iniciativa de Wilker um passo importante para combater a impunidade e garantir justiça às vítimas, outros criticam a abordagem, alegando que pode prejudicar a imagem do país no cenário internacional.
O Tribunal Penal Internacional ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas especialistas acreditam que a denúncia pode abrir caminho para uma investigação que traga novas perspectivas sobre os recentes episódios de violência política em Moçambique.