Venancio Mondlane "convencido" que Nyusi quer manter-se no poder Lusa

 



O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane revelou que o Presidente o contactou hoje pela primeira vez e diz-se "convencido" que Filipe Nyusi quer declarar estado de emergência e permanecer no poder.

Venâncio Mondlane, candidato presidencial moçambicano, numa foto de outubro de 2024 
Venâncio Mondlane tem liderado uma onda de contestação sem precentes em MoçambiqueFoto: Alfredo Zungia/AFP

Numa videoconferência com deputados do grupo Renew (que inclui a Iniciativa Liberal), realizada no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, Mondlane disse que esta quinta-feira (18.12) o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, o contactou, por telefone, "pela primeira vez desde o início das manifestações, há dois meses", mas escusou-se a adiantar detalhes sobre a conversa. 

Em 26 de novembro, o chefe de Estado moçambicano convocou uma reunião com os quatro candidatos às eleições gerais, mas Mondlane não participou e foi decidido convocar um segundo encontro para que ele pudesse estar presente.

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Mondlane "convencido" que Nyusi quer manter-se no poder
Lusa
há 60 minutoshá 60 minutos
O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane revelou que o Presidente o contactou hoje pela primeira vez e diz-se "convencido" que Filipe Nyusi quer declarar estado de emergência e permanecer no poder.

Venâncio Mondlane, candidato presidencial moçambicano, numa foto de outubro de 2024 
Venâncio Mondlane tem liderado uma onda de contestação sem precentes em MoçambiqueFoto: Alfredo Zungia/AFP

Numa videoconferência com deputados do grupo Renew (que inclui a Iniciativa Liberal), realizada no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, Mondlane disse que esta quinta-feira (18.12) o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, o contactou, por telefone, "pela primeira vez desde o início das manifestações, há dois meses", mas escusou-se a adiantar detalhes sobre a conversa. 



Em 26 de novembro, o chefe de Estado moçambicano convocou uma reunião com os quatro candidatos às eleições gerais, mas Mondlane não participou e foi decidido convocar um segundo encontro para que ele pudesse estar presente.

"Estou profundamente convencido de que o Presidente Nyusi quer permanecer no poder. Ele espera que eu incentive as pessoas a fazerem manifestações violentas para ter uma razão para declarar estado de emergência e assim poder permanecer no poder mais algumas semanas", afirmou Mondlane, que rejeita os resultados das eleições gerais de 09 de outubro anunciados pela Comissão Nacional de Eleições.

Este órgão atribuiu a vitória a Daniel Chapo, candidato suportado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, mas os resultados ainda têm de ser validados pelo Conselho Constitucional (CC).

Para contestar os resultados oficiais, Venâncio Mondlane tem convocado manifestações e paralisações em que, segundo a Plataforma Eleitoral Decide, que monitoriza os processos eleitorais em Moçambique, já morreram pelo menos 130 pessoas e 385 foram baleadas.

De acordo com o balanço daquela organização não-governamental, com dados até 15 de dezembro, há registo de 3.636 detidos, cinco pessoas desaparecidas e mais de 2.000 feridos.

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