NYUSI TRANQUILIZA POVO: “NÃO QUERO DECLARAR ESTADO DE EMERGÊNCIA, EM JANEIRO SAIO DO PODER” TUDO FICA COM VENÂNCIO MONDLANE COMO OS MOÇAMBICANOS QUEREM…

 

Nesta semana, o candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane (VM7) acusou o Presidente da República, Filipe Nyusi, de pretender prolongar a sua permanência no poder. A declaração foi feita durante uma videoconferência com eurodeputados do grupo Renovar a Europa, no Parlamento Europeu. Segundo VM7, o chefe de Estado estaria a explorar a revolta popular como estratégia para justificar a extensão do seu mandato, utilizando a tensão social no país como pretexto.



Em resposta às alegações, Filipe Nyusi afirmou, durante uma comunicação à nação, que manteve uma conversa telefônica com Venâncio Mondlane, descrita como serena e com duração de cerca de uma hora. O Presidente garantiu o respeito à Constituição e reafirmou que deixará o poder em janeiro de 2025:

“Pelo grau de responsabilidade, não quero comentar etapas. Vou continuar com este tipo de diálogo, respeitando a privacidade e as sensibilidades envolvidas. Quero deixar claro: em janeiro de 2025 deixo o poder. As narrativas só confundem a população. Precisamos focar no trabalho pela paz, não só em Maputo, mas também em Cabo Delgado e em todo o país. Saio com a missão cumprida.”

Sobre a possibilidade de um terceiro mandato ou a decretação de estado de emergência para se manter no poder, Filipe Nyusi descartou completamente tais hipóteses, apelando à tranquilidade dos moçambicanos:

“Não tenho intenção de fazer um terceiro mandato nem de decretar estado de emergência com este propósito. Os moçambicanos podem confiar, isso não vai acontecer.”

O Presidente da República também destacou os avanços alcançados durante os seus dois mandatos, sublinhou que no seu governo o aumento do número de pessoas alfabetizadas e a resiliência do país em tempos de crise. Apesar das adversidades, disse, o país conseguiu crescer:

“Nos últimos 10 anos, conseguimos registrar avanços que devem nos orgulhar.”

Além disso, Filipe Nyusi decretou dois dias de luto nacional em memória das vítimas do ciclone Chido.

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