Em uma medida drástica e inédita, a África do Sul iniciou a construção de um muro de betão de oito quilômetros ao longo da sua fronteira com Moçambique. A estrutura, que já avança com cinco quilômetros concluídos, visa isolar o território sul-africano, bloqueando rotas clandestinas usadas para o contrabando de mercadorias e a fuga de viaturas roubadas para Moçambique.
O ministro sul-africano dos Transportes e Segurança Comunitária, Bheki Ntuli, afirmou que o projeto, iniciado em 2020 e interrompido por problemas de financiamento, finalmente retomou com apoio do Departamento de Estradas e Transportes de KwaZulu-Natal e do Departamento Nacional de Obras Públicas. A construção do muro não apenas reflete a necessidade urgente de reforçar a segurança, mas também marca um momento histórico na relação entre os dois países, dividindo o país de Mandela e o de Samora Machel.
A iniciativa é encarada como uma resposta estratégica para reduzir as elevadas taxas de crimes na região, uma vez que a fronteira sul de Moçambique tornou-se uma rota privilegiada para o transporte ilegal de bens roubados da África do Sul. Autoridades sul-africanas esperam que o muro possa frear significativamente essas atividades, proporcionando maior estabilidade para a área e protegendo as fronteiras nacionais.
Este muro representa um dos maiores investimentos em infraestrutura de segurança já feitos entre os dois países, gerando especulações e debates acalorados nas redes sociais. Muitos questionam o impacto desta medida sobre as relações bilaterais e sobre as comunidades fronteiriças.
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